sexta-feira, 8 de maio de 2015

A Depressão e os Traumas Psicológicos

Trauma é um dano.

Determinados acontecimentos podem causar danos emocionais.
Todos sofrem traumas ao longo da vida.
Entretanto, nem todos reagem da mesma forma a um mesmo fato. Algumas pessoas são mais sensíveis. Muitos fatores interferem no grau de sensibilidade e na reação aos traumas.

Às vezes, a pessoa se recupera bem de um trauma. Mas, em seguida, sofre outro e outro e outro... Fica mais difícil de recobrar a integridade emocional. As “feridas” se acumulam...

É como um jarro que vai lascando e sendo colado, em várias ocasiões, até que não dá mais pra manter os pedaços unidos e na mesma condição de antes.

Nem sempre sabemos especificamente qual foi o trauma sofrido. Pode ter ocorrido na infância (no relacionamento familiar) ou na adolescência (nas relações com o grupo – por bullying, com afetos amorosos – por desilusão) ou na fase adulta (no relacionamento com os outros – por redução da capacidade de ajuda e de utilidade) ou em qualquer momento – que insistimos em esconder de nós mesmos.

Se não sabemos o que tratar, nosso corpo começa a dar sinais de que algo está errado. Vem aquela dor que “anda”: uma hora está na cabeça, outra nas costas, passa pelas juntas, atrapalha o sono, o apetite, o humor...

Para pessoas mais abertas a captar as misérias humanas, uma sequência de pequenos traumas pode tomar uma dimensão maior do que a consciência pode admitir. Vira depressão!

Sendo uma lutadora pela qualidade de vida para os que sofrem com esta doença, quero compartilhar que: “A depressão pode ganhar uma existência autônoma”!

Precisamos conhece-la, reconhece-la em nossa vida e nos fortalecer para vencer sua autonomia. E, como dizia o candidato: “Sim, nós podemos!”



Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós somos obra de suas mãos.” Isaias 64:8

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Poema SOL

Bom que se mereça a parte boa da vida.
Bem que se faça ao seu próximo.
Porque o que se espera que chegue,
nem sempre chega
e o doce amarga
quando passa do ponto de ser comido.
Bom que se aproveite o que puder,
que se olhe com gratidão para seu irmão
e se torne sereno ao lidar com a restrição.
Bom que se reconheça o ponto sensível
entre o hoje, o ontem e o amanhã,
entre o quero, o que queria e o que não vem,
diante do que tenho e o que tive.
Bom que haja conciliação
entre desejo e restrição.
E que, no espaço marcado
pelos “hojes” que já passaram,
surja a gratidão.
Bom que o doce seja comido a tempo,
que a dúvida não se demore,
que a faca esteja afiada
para cortar as arestas.
E que o sol alegre o seu dia!
Ele não depende de nós...


(Renata Velozo)

domingo, 3 de maio de 2015

A depressão e o isolamento

Nós, deprimidos, não queremos ficar falando sobre os motivos que nos levaram à depressão.
Menos, ainda, ouvir pessoas tentarem nos animar, repetindo: “- Você precisa sair dessa!”
Será que não entendem?
Ninguém escolhe ter depressão!
Acabamos, então, nos isolando do mundo.
Às vezes, isso ocorre aos poucos. Nem percebemos que nos fechamos em nossos próprios pensamentos negativos.
Em um círculo vicioso, provocamos a solidão, o medo e, ainda mais, a depressão.

Um completo desequilíbrio nas relações com os outros e com nosso próprio EU!

E a esta falta de ordem nos sentimentos reagimos com silêncio absoluto, muito choro, negação, agressividade ou, até, falando demais da conta (para não dar tempo ao outro de falar o que não queremos ouvir)...

O fortalecimento do nosso EU, a compreensão e o amor dos amigos e familiares podem levar à restituição da confiança perdida e à vitória sobre a depressão.

É importante aceitar que a depressão é uma doença e precisa de tratamento por um profissional de psiquiatria e/ou psicologia.



“O amigo ama em todos os momentos e na angústia se faz irmão.”